No dia 7 de setembro do ano passado, a Independência do Brasil completou o seu bicentenário. Para celebrar a ocasião, o Banco Central lançou duas moedas comemorativas alusivas à data.
A novidade fez parte de uma antiga tradição do país, que também já celebrou esse marco histórico com moedas especiais para os 100 e 150 anos da independência.
Se você é um adepto do colecionismo ou entusiasta da história nacional, precisa conhecer essas edições especiais e o que representam para o acervo monetário brasileiro. A seguir, saiba mais sobre essas moedas comemorativas e suas principais características.
Conheça as moedas comemorativas da Independência do Brasil
Toda moeda revela um pouco da história ligada à nação que as criou e onde elas circularam. No Brasil, foram diversos padrões monetários que perduraram por anos, até finalmente ocorrer a consolidação do real.
Portanto, muito além de instrumentos de transação comercial, esses bens também possuem um enorme valor histórico.
Ciente disso, o Banco Central (BC) periodicamente faz o lançamento de moedas comemorativas para celebrar a Independência do Brasil, utilizando-as como instrumentos de exaltação à identidade nacional.
Produzidas pela Casa da Moeda (CMB), essas edições especiais são lançadas com aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Tradicionalmente, o BC emite moedas comemorativas para exaltar datas e personalidades relevantes para o país.
Em tese, as moedas alusivas à Independência do Brasil podem ser utilizadas como meio de pagamento, dados os seus valores de face.
Entretanto, o BC ressalta que a produção desse tipo de edição especial não é destinada à livre circulação. Além disso, o órgão aponta que o uso das peças como meio de troca comum gera prejuízo ao colecionador.
Em alusão à Independência do Brasil, as moedas comemorativas já foram lançadas em três ocasiões distintas: nos 100, 150 e, mais recentemente, nos 200 anos de celebração deste marco histórico. Abaixo, conheça as principais características delas:
Moedas do centenário da Independência do Brasil
Quando a Independência do Brasil completou o seu primeiro centenário, o padrão monetário do país ainda era o réis.
Em alusão à data, o Governo fabricou moedas comemorativas de 500, 1000 e 2000 réis. Elas foram criadas por Augusto Girardet e, inclusive, circularam na economia normalmente como instrumento de transação comercial.
Todos os modelos tinham inscrições iguais. No anverso (parte frontal), foi cunhada a frase “Centenário da Independência”, além do Brasão Imperial e da República. Já o reverso (parte traseira) continha as imagens de D. Pedro I e do Ex-Presidente Epitácio Pessoa.
Uma curiosidade interessante dessas moedas comemorativas é que algumas edições foram lançadas com erro na palavra “Brasil”. No lugar da letra “R”, havia uma letra “B”.
Moedas alusivas aos 150 anos de Independência
Em 1972, a Independência do Brasil completou 150 anos de história. Na época, o padrão monetário era o cruzeiro.
Em celebração ao sesquicentenário, foram cunhadas moedas de 1, 20 e 300 cruzeiros. Elas foram criadas por Aloísio Magalhães e tornaram-se as primeiras moedas comemorativas lançadas pelo Banco Central.
A versão de 1 cruzeiro foi produzida em níquel. Já a de 20 cruzeiros era cunhada em prata. Por sua vez, a de 300 cruzeiros foi feita em ouro. Todas elas tinham a inscrição “Sesquicentenário da Independência” no bordo.
As inscrições das faces também eram padronizadas. O anverso tinha efígies do Imperador D. Pedro I e do Ex-Presidente Emílio Garrastazu Médici, além do símbolo oficial do Sesquicentenário e a legenda Brasil no sentido vertical.
Enquanto isso, o reverso contava com um dístico indicativo do valor e um mapa do país, que representava a integração nacional.
Moedas comemorativas do bicentenário da Independência
Em agosto de 2022, o Banco Central lançou duas novas moedas comemorativas. De acordo com a própria instituição, esses dois itens colecionáveis “retratam esse momento histórico que trouxe como desfecho a independência do nosso país”.
Uma das versões é feita de cuproníquel. Trata-se de uma liga composta por cobre e níquel. O valor da face é de R$ 2. Contudo, para adquiri-la, é necessário investir R$ 34.
Trata-se da primeira moeda da história do país com detalhes coloridos. Seu anverso possui uma faixa verde e amarela, além da primeira estrofe do Hino da Independência do Brasil. Já o reverso tem uma representação do grito da independência nos moldes do quadro Independência ou Morte, do pintor Pedro Américo.
Por sua vez, a outra versão é produzida em prata. Seu valor face é R$ 5. Para sua aquisição, o investimento é de R$ 420.
Ela também possui a primeira estrofe do Hino da Independência no anverso. Além disso, tem uma imagem da bandeira do país. No reverso, está retratada a sessão do Conselho de Estado presidida pela princesa Leopoldina e com participação de José Bonifácio. Trata-se do evento que culminou nas cartas que pediram a Dom Pedro o rompimento com a coroa portuguesa.
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